Um medicamento que tem sido usado com bons resultados no tratamento de mulheres com cancro avançado do ovário (pertencente a uma classe conhecida clinicamente como inibidores de PARP) está também, segundo estudos recentes, a revelar-se “eficaz em fases mais precoces” – explicou Mafalda Casa Nova , médica oncologista do Hospital Beatriz Ângelo , durante a “Edição da Manhã” da SIC Notícias, a 14 de novembro. O cancro do ovário afeta todos os anos mais 200 mil mulheres em todo o mundo e a maioria dos casos já numa fase avançada, sendo a taxa de sobrevivência a cinco anos inferior a 50%. “O que se verificou recentemente na reunião anual da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO, na sigla inglesa) é que este medicamento mostrou que há uma diminuição da recorrência à volta dos 40%, ou seja, as mulheres podem viver mais tempo sem a doença ou com a doença controlada e sem necessidade de tratamentos mais agressivos. Resta apurar o impacto que isto vai ter em termos de sobrevivência”, acrescentou a especialista. Mafalda Casa Nova recordou ainda os principais sintomas da doença a que as mulheres devem ter atenção e comunicar de imediato ao seu médico de família: Dor abdominal intensa; Alterações persistentes no trânsito intestinal; Aumento do volume abdominal. Mafalda Casa Nova na SIC Notícias