“O pacemaker é um dispositivo que compensa a doença do tecido elétrico do coração. De cada vez que este se ‘esquece’ de bater, o pacemaker liberta um pequeno estímulo elétrico, que o doente não sente, mas que ‘lembra’ ao seu coração que é altura de contrair novamente”, explica Diogo Cavaco durante a reportagem ‘Futuro Hoje’, da SIC . O médico cardiologista do Hospital da Luz Lisboa, que se dedica em particular à área das alterações do ritmo cardíaco, foi convidado pelo programa, emitido a 27 de julho, a descrever como é colocado no coração e como funciona o pacemaker mais pequeno do mundo , que já implantou em mais de 100 doentes. A rede Hospital da Luz é uma referência na área da arritmologia cardíaca, com equipas médicas reconhecidas pela sua vasta experiência e meios tecnológicos que são dos mais avançados no país. Em 2015, o Centro do Ritmo Cardíaco do Hospital da Luz Lisboa, coordenado por Pedro Adragão , foi a primeira unidade hospitalar privada em Portugal a implantar este pacemaker – a cápsula cardíaca Micra –, para tratamento de um doente com bradicardia, uma alteração do ritmo cardíaco que consiste num batimento lento. Ao contrário do pacemaker convencional (maior e implantado perto do coração, com um fio que transporta a energia elétrica necessária), este dispositivo mede apenas somente 2,5 cm e é implantado diretamente no coração (onde fica seguro pelos seus pequenos ganchos) através de um procedimento minimamente invasivo: um cateter que é inserido na veia femoral, junto à perna. “É menos invasivo, pois não é necessária incisão cirúrgica, e constitui um enorme avanço tecnológico”, acrescenta Diogo Cavaco. A cápsula cardíaca Micra tem uma bateria que dura 10 anos , em média, podendo ser depois substituída, e os doentes podem prosseguir a sua atividade diária e ter uma vida normal. ‘Futuro Hoje’ - SIC