O Hospital da Luz Lisboa fez em março as primeiras duas cirurgias em Ortopedia assistidas por um dispositivo robótico, para colocação de prótese no joelho. É o primeiro hospital em Lisboa a introduzir este sistema e o segundo no país. O sistema robótico: É portátil e composto por um ecrã, duas câmaras de TV, sensores que captam imagens em 3D e um computador; Permite ao cirurgião planear a cirurgia com um nível de precisão máximo, cumprindo os parâmetros pré-definidos. O plano cirúrgico é, assim, personalizado, feito com base no modelo 3D digital do joelho feito pelo robô; Guia o cirurgião durante a operação, na execução dos cortes necessários e outros procedimentos, que são feitos com uma precisão muito maior do que nas cirurgias convencionais. O mesmo acontece no posicionamento/colocação da prótese; Pode ser usado em cirurgias totais ou parciais do joelho, cirurgia de revisão do joelho e também em cirurgia da anca para colocação de prótese. Estas são as principais vantagens para o doente: Maior precisão na colocação da prótese – e, logo, melhores perspetivas em termos de adaptação e funcionamento da mesma; Menor perda de sangue; Benefícios ainda maiores nos casos mais complexos e difíceis de operar, pela precisão permitida pelo sistema. “Pode-se dizer que ‘fazemos’ a operação ainda antes de a executar” , explica Pedro Granate , coordenador da equipa do Hospital da Luz Lisboa dedicada a patologia de joelho, acrescentando que a introdução deste dispositivo robótico na prática clínica de Ortopedia constitui “uma verdadeira mudança de paradigma”. Mas o cirurgião tem de realizar formação específica para usar este equipamento – e Pedro Granate, Francisco Javier Vazquez e Marcos Jesus são os primeiros ortopedistas do Hospital da Luz a ter estas habilitações. Desde as primeiras cirurgias, em março, estão a ser programadas e feitas outras, numa média de duas por semana, ou seja, “já estão a entrar na rotina do hospital”, como afirma Pedro Granate.