Foi realizada pela primeira vez no Hospital da Luz e em Portugal, pela equipa de cirurgia robótica da área de Urologia coordenada por Kris Maes, uma nefrectomia parcial com abordagem robótica. Kris Maes é coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e Minimamente Invasiva do Hospital da Luz para a área da Urologia, estando desde abril de 2013 dedicado a tempo inteiro a este hospital. A sua experiência em cirurgia robótica, nomeadamente em cirurgia renal com abordagem robótica, foi obtida durante os seis anos em que desenvolveu a sua atividade num centro de elevado volume de doentes num hospital belga. O doente submetido à nefrectomia parcial robótica teve alta quatro dias depois da operação. A nefrectomia parcial é a opção mais comum para os tumores renais de pequena dimensão e para os doentes com lesões nos dois rins ou com alterações da função renal. Trata-se de uma operação em que apenas é removido o tumor com uma margem de segurança de tecido saudável, preservando o restante tecido renal funcional. Além das vantagens gerais da cirurgia minimamente invasiva e da cirurgia robótica, a nefrectomia parcial com abordagem robótica tem ainda os seguintes benefícios potenciais: Remoção tumoral e reconstrução renal mais precisas, com perdas de sangue mínimas Maximização do tecido renal saudável que não é removido Menor duração do período de interrupção da circulação na artéria renal, com uma recuperação do tecido renal saudável mais rápida e globalmente melhor Melhor visualização da artéria que alimenta o local do tumor, devido também à utilização de fluorescência, tornando possível realizar apenas a ressecção dessa parte do rim sem interromper a circulação total do órgão Comparativamente às abordagens alternativas, tanto cirúrgicas como não cirúrgicas, a nefrectomia parcial robótica oferece atualmente os melhores resultados oncológicos e funcionais.