Se tem mais de 70 anos e sente cansaço, falta de ar, dor no peito e às vezes desmaia, saiba que «pode não ser da idade, mas sim sintomas de doença de uma das válvulas do coração, a aórtica», como explicou Rui Campante Teles, médico cardiologista do Hospital da Luz Lisboa, na ‘Edição da Manhã’ de 4 de maio da SIC Notícias, a propósito da campanha Corações de Amanhã, da qual é coordenador nacional. Trata-se de uma iniciativa desenvolvida pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, entidade sem fins lucrativos, que visa sensibilizar a população para aquela doença. A estenose aórtica consiste no estreitamento da válvula aórtica, impedindo o correto fluxo sanguíneo para fora do coração. Os seus sintomas tendem a ser desvalorizados, o que pode ser fatal. «É uma doença que afeta mais de 30 mil pessoas em Portugal, a maioria acima dos 70 anos. E na faixa dos 80 anos, uma em cada dez pessoas tem estenose aórtica grave. Os doentes não conseguem fazer coisas tão simples como atar os sapatos, subir escadas, fazer a cama ou ir às compras. E é preciso que saibam que, nestas circunstâncias, devem procurar de imediato o seu médico de família», explicou Rui Teles. Uma ecografia ao coração é «o exame essencial» para diagnosticar a doença e a cirurgia e o cateterismo são os tratamentos possíveis. «As pessoas pensam que com essa idade já não se justifica fazer uma cirurgia, mas, para nós, cardiologistas, hoje em dia a idade não é um limite em termos de tratamento», acrescentou o cardiologista. No âmbito desta campanha Corações de Amanhã ( www.coracoesdeamanha.pt ), que tem o Alto Patrocínio do Presidente da República, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular está a realizar durante o mês de maio uma série de ‘aulas’ sobre estenose aórtica nas universidades seniores de todo o país. Veja a intervenção de Rui Campante Teles na SIC