Os casos de surdez, quando detetados precocemente, à nascença, têm grandes probabilidades de reabilitação e de os doentes virem a ter uma vida perfeitamente normal, afirmou João Barosa, médico otorrinolaringologista das unidades do Hospital da Luz em Aveiro, Águeda e Oiã, no programa ‘Histórias Clínicas’ do canal Saúde Mais, emitido a 12 de outubro. «No caso das crianças, o rastreio auditivo permite facilmente detetar à nascença mais de 400 casos por ano de surdez permanente e significativa (severa ou profunda). Caso a reabilitação auditiva seja iniciada até ao sexto mês de vida, é possível ultrapassar todas as limitações que a perda auditiva implica e a criança poderá desenvolver todo o seu potencial», explicou o especialista. Neste programa do canal Saúde Mais (acessível na Nos, posição 129), foram ainda abordados temas como a classificação da surdez, os rastreios em crianças e adultos e os tratamentos disponíveis nos casos de surdez com origem em problemas no ouvido interno. João Barosa referiu que, no caso dos adultos, o processo de perda de audição por envelhecimento «inicia-se pela quarta década de vida»: «Na maior parte das situações, o próprio não dá conta das dificuldades e são os familiares ou os amigos quem se apercebe de que a pessoa em causa fala muito alto, por exemplo, ou que aumenta o volume de som da televisão e dá respostas sem sentido. No idoso, estas dificuldades de comunicação contribuem negativamente para quadros de depressão e demência». Estão assim criadas grandes limitações em termos de autoestima e de vida familiar e social, sendo muito importante o tratamento – através de próteses auditivas ou de implantes cocleares (para os casos de surdez severa) –, que deve ser feito mediante a orientação de médico otorrinolaringologista. Veja aqui o video